Dividida e intransigente: dois adjetivos que podem descrever muito bem a sociedade ocidental das últimas décadas. E essa crise cultural não parece retroceder. Hoje, sob a falta de princípios comuns e sob uma compreensão subjetiva da realidade, o discurso racional já não parece ter relevância, e o que é óbvio para um afigura-se absurdo para outro. Este colapso, no entanto, não é acidental. Suas origens e objetivos estão muito bem documentados e se apresentam, hoje, sob os dogmas da cultura woke. A obra que o leitor tem em mãos desmascara essa ideologia ao examinar sua história, seus protagonistas, suas premissas e suas táticas. Mostra-nos como se trata de uma cultura de ruptura, com traços fundamentalistas que se assemelham ao de muitas seitas. Com efeito, após sua leitura, diversas perguntas prementes poderão ser oportunamente respondidas: por que, na cultura woke, a tolerância parece ser uma via de mão única? Por que a violência é seu fim natural? Por que a corrupção da infância constitui uma consequência lógica dos princípios woke? Por que a política passou a permear tudo? E como a ideologia cria inimigos, destruindo a convivência entre os diferentes sexos e raças?