Muitos dos que acompanham a produção artística desde as vanguardas europeias, no início do século XX, até os dias de hoje podem se perguntar por que alguém se dedicaria a olhar para a arte segundo os critérios e conceitos desenvolvidos pelos filósofos medievais. Não se trataria de um anacronismo grosseiro, capaz de escandalizar tanto os filósofos quanto os artistas? O leitor desta Arte e escolástica terá a certeza de que não: como demonstra Jacques Maritain, o rigor do pensamento escolástico amplia a compreensão acerca da capacidade do artista, dos limites da criação, das fronteiras entre a arte e a moral, bem como de muitos outros temas que a teoria artística e a filosofia não cessam de levantar. Não à toa, este se tornou um estudo inescapável para todos os que se interessam pelo pensamento do medievo e pela relação entre o passado e o presente no âmbito da cultura.